quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Rosa morta

E a chuva cai com furia intensa A ventania, balança arvores imensas Um barulho morbido vem do chão Um ensurdecedor som do trovão Perplexa corro, vou a janela Procurando aquela flor tão bela Que antes estava em meu jardim Porem a chuva, já havia ditado o seu fim E caida ao chão quase sem vida A flor lutava contra a chuva, destemida Tentando arrastar consigo cada parte Numa tentativa desesperada e contida E com barulho e estardalhaços A malvada chuva a fazia em pedaços Corri então, pelo temporal Para tentar livrá-la do mal Porem o dia se fez noite E a claridade escuridão A rosa estava em pedaços E a chuva apagou meus passos Me perdi naquele naufragio Descobri então o quanto sou fragil Não consegui enfrentar o temporal Nem salvar a rosa do seu destino mal Na roseira outra flor nasceu Tão ou mais bela que a flor que morreu Mas em meu coração nenhum amor brotou A chuva todos os meus sonhos arrastou. Caminho hoje de cabeça baixa Em meu coração nada se encaixa A chuva molha meus olhos todo dia E meu sorriso, se perdeu na ventania... Alinhar ao centroSandra Botelho!

17 comentários:

Felina Mulher disse...

Boa noite Sandra!
Vim te agradecer a visita..teu blog é muito lindo e de muito bom gosto.
Penso que como a flor, cada amor é um Amor, não se pode substituí-lo. Podemos, sim, amar de novo, mas é um outro Amor e, para mim, qualquer objeto de minha ternura tem seu espaço na memória e no coração.Talvez eu seja excessiva nos meus sentimentos, mas é assim que sou, e assim que entendo a vida. Se corro o risco de me machucar, também sei que o Amor valeu.
Beijos na tua alma e volta sempre!

Lídia Borges disse...

Bonita esta história em verso.
Salvar a flor, uma missão impossível!

L.B.

Manuela Freitas disse...

Olá Querida Sandra,
Por acaso não vieste ao Porto? É que por aqui, chuveu imenso todo o dia, mas que dia, nem saí de casa. Muito pior que a chuva, foi o sismo no Haiti, uma grande tragédia!...Tudo junto pôs-me bastante deprimida.
Beijinhos para uma a
das minhas poetas preferidas...e esta heim!....

Beijinhos cheios de carinho,
Manuela

Alvaro Oliveira disse...

Olá SANDRA

Uma bela flor morreu, despedaçada pela ventania.
Mas naquela toseira, outra flor mais bela nascia.
Assim é o amor! Amor que morre, amor que dói.
Um amor quwe se perde e nos deixa a sofrer.
Outro amor pode nascer, ainda mais belo.
Teremos de olhar em frente e seguir caminho,
rumo ao futuro. Adorei este poema.

Beijinhos

Alvaro

Vilma disse...

E se no final das contas fosse mesmo o destino da flor ser arrasada pela chuva seria justo tirá-la dali? Tirá-la nessas circunstancias também a mataria... hmmmmm otimo texto, sempre tentei salva tudo e a todos até que percebi que nem tudo precisa ser salvo... as vezes é bom apenas observar.

Anônimo disse...

"Caminho hoje de cabeça baixa
Em meu coração nada se encaixa
A chuva molha meus olhos todo dia
E meu sorriso, se perdeu na ventania..."
Vai passar Sandra, tudo sempre passa.
Bjs querida.

El Brujo - Rock disse...

ouvindo enquanto te leio...

Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom,
Poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
Prá mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter.
É duro, ficar sem você
Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim


coincidência boa, adicionei la ta!

Elaine Barnes disse...

Seus olhos ainda se molham como a chuva, pois o sorriso se foi com a ventania. É bom sentir nosso naufrágios,pois, é com eles que mergulhamos dentro da gente e subimos uma vez mais para sorrir do que passou e também do "novo" que chegou. Os olhos novamente se molharão,mas, por uma nova emoção. Sorria! Lindo poema,maravilhoso! bjs amiga

Anônimo disse...

Realmente você surprendeu brincando entre a natureza e a força interior, ficou fantástica sua poesia.

Abs

Tato Skin disse...

Gosto daqui e do que leio por aqui!
Ah... a chuva.... sempre molhando!
bj meu.

Átila Goyaz disse...

Nossa lindo esse poema com historinha e tudo!!!!

adorei!!
bjuxxx

Guilherme Canedo disse...

Olá Sandra,

Dentro da chuva, nos molhando sempre... Sendo carregados pela correnteza, sem saber ao menos onde se encontrar... sabendo apenas que vamos nos perder! É nessa hora que me vem a cabeça, o aprendizado, me vem a cabeça ser um humano, somente isso!

beijos meu bem

Cris França disse...

tristeza também tem lá suas belezas. bjs

Everson Russo disse...

Pra todo fim sempre existe um recomeço, uma rosa foi levada pelo temporal, mas esse mesmo temporal preparou a terra para a belaza da nova vida que estava por vir...e assim somos minha querida, por mais que os temporais nos afastem do amor, a gente tem sempre que ao menos acreditar num renascimento....beijos e um dia lindo...

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Não gostei dessa chuva malvada machucando uma flor. Fiquei imaginando aqui a coitadinha perdendo as pétalas. Assim somos nós, né? Parabéns.Beijos

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

chuva, tempestade, medo, escuridão...teu poema é um soco na calma e normalidade, nos coloca em menor degrau com a natureza o que tristemente serve como panto de fundo para a tragédia acontecida no Haiti,
valeu abraços
e

Daniel Savio disse...

Menina, só por que a nova rosa ainda não conquistou um pedaço do teu coração, não quer dizer que não faça...

Eu vi pela internet sobreo tremor no Haiti, bem barra pesada, mas sabe o que pior, se acontecer de novo, vai passar batido na impressa, pois um "pais arrasado por um tremor" vira noticia do passado...

Fique com Deus, menina Sandra Botelho.
Um abraço.

Por Todos Os Mundos

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