segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Bebendo a dor


Tenho um certo gole de dor na garganta
as vezes o engulo a seco...Desce feito espinho...
Mas nas outras é como cálice de veneno ,
 matando aos poucos o meu sorriso,
Tomo aos poucos e devagar..., tenho medo de engasgar...
Hoje a dose é amarga, amanha talvez talvez nem tanto!
Mas se é pra digerir , digiro em silencio e profunda tristeza...
O silencio sempre me fez companhia,
 e na solidão da dor que é tão minha,
eu aprendi a degustar cada lagrima, 
cada gotinha de um choro contido...
Chorado em silencio e renegado ao desprezo...
Adormeço e desperto, um dia novo, um novo sonho...
E o choro chorado todo, bebido em goles diminutos,
Se vai ...E dos lábios tensos e adormecidos de desilusão,
Há de brotar feito flor que viceja na primavera
Feito sol que nasce entre nuvens
 e acaba deixando atrás da montanha a escuridão...
Há de brotar novamente aquele sorriso que eu tinha antigamente...
E é assim que é...


Sandra Botelho


Um raio de sol

Ela veio com garras afiadas. Asas negras tentando me abraçar  Tinha olhos de noites escuras Um corpo feito de lágrimas, Sua voz era um sussu...