Sob águas turvas viveu, sobreviveu, nasceu...
Por caminhos obscuros sempre caminhou..Quis brilhar...
E brilhou, por breves e incomensuráveis momentos...
Esteve sob aplausos, e luzes e extremo glamour.
De silhueta delgada, cabelos de um negro corvino e olhos escuros, ligeiramente amendoados como os orientais. Olhar vivo, inteligente, com algo de felino em sua mobilidade...
Porem nublados pela dor...
Sugeriu a vida fácil e derramada em orgias e drogas delirantes,
assassinas e inconsequentes...
Não se saciou com a fraqueza de uma viagem, queria o submergir do mar e
acordada cegava sua vida, fossal.
A mente mergulhada num delírio de visões impetuosas,
arrancava-lhe o véu que Deus colocou sobre suas mais secretas vergonhas.
Na vã impaciência do que lhe restou de sobriedade,
como poucos se escondeu na liturgia santa das palavras.
Nunca se regenerou, e o tempo sempre em guarda a esperou.
Despejou sobre os olhos o óleo santo de unção
Cegando-se para a luz...
Empanturrou o coração de escárnios e mentiras
enegreceu seus pensamentos.
E remoeu suas lembranças, vomitou seus temores
e órgãos de dor
Emergiu e se afogou em sangue e vomito.
Desperdiçou suas horas bêbada e embriagada de infortúnios
Nua e em chagas, viveu na metamorfose imunda de casos ,em caos.
Se debruçou sobre os espelhos da imaginação e se viu beleza...
Vã e passageira beleza...Vão e passageiro estrelar, brilhar!
Incinerou velhos casos e fotos e poemas.Rasgou com eles o coração.
No cheiro putrefacto de um canto medíocre que pagou com gozos pagos e permitidos
De vadias almas e mal cheirosos corpos.
Caída e desnuda, com sangue na boca qual ave agredida jogada de onde jamais saíra.
Roupas em farrapos e ainda o semem quente e incólume de algum verme
dos becos
Um corpo, que se fez morada de demónios e chacais, uma mente rodeada de fétidas lembranças.
Um estupro de valores, um pseudonimo insano de mulher
Uma desistência, uma entrega , um corpo em decomposição vitalícia
A morte...A única esperança.
Na vida escuridão, Na morte...Os reflectores
paginas satidicas de jornaleco sensacionalistas
Emergem graças ao fascínio, sádico do povo
E assim morreu uma ex estrela...
Sandra Botelho!
domingo, 30 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Luz e sombra
Ele grita, esbraveja
se ofende, se nega, se contorce...
Ele xinga, ofende, magoa se perdoa.
Ele vibra, irrita, grita, vomita.
Ele é assim...
meio homem ,meio maluco, meio desorientado.
Um inconformado...
Sofrido... pela dor escrachado.
escroto, se sente injustiçado...
malandro deveras desajuizado.
ele é genio, mascarado, arrogante, metido.
Simplicidade inverdade e drama,
escreve, desenha ,delineia, ordena.
brinca de esconder com as palavras em duplo sentido
não condena, não acusa,faz tudo escondido.
ele é mau, ele é bom,acredita que é grande em atos e dons.
mas ele é futil, é inutil ,verdadeiro, derradeiro, contundente...
ele é gente diferente, malvado, bondoso, horroroso.
mas ele é lindo, é doce, é amargo...
ele é menino, ele é homem, é destino.
ele é fino, ele é grosso, é suave ,um bom moço.
ele é complexo, desconexo, libertino, prisioneiro.
ele é coerente, incoerente, exato, inexato
ele é incrivel, infantil, maduro, imaturo.
ele é vida é morte, é azar e é sorte
ele é fragil, mas é forte, é guerreiro já foi morte
Ele é decepão, é coração, tem barrreiras
ergueu fronteiras, se protege agride.
Se mostra ou se esconde, é real ou fantasia?
verdade ou mentira?
Se denomina frustrado, o porque ninguem sabe.
Seu coração ele nunca abre.
Ele chora?
Ele ri?
Ele existe?
Ele vive ou sobrevive?
Ele ama?
Ele odeia ou desama?
Condena ou absolve?
É homem ou espectro?
Quer bem conviver? Desista de o entender.
Sandra Botelho
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O maior amor
Como posso fazer uma canção para vocês?
Se já são a mais linda canção que já ouvi!
Como posso lhes falar do meu amor?
Se são para mim o próprio amor!
Talvez lhes mande flores,
mas onde encontrar flores tão belas?
Pois estive em todos os jardins do mundo,
E flores mais belas que vocês nunca encontrei...
Talvez lhes faça uma poesia.
Mas como rimar tanto sentimento
profundo, abstrato, constante, puro e infinito?
Ah! Isso não seria possível, não sei se poderia...
Queria poder lhes dar o sol,
mas dele sinto pena,
como há de se sentir o pobre
quando seu brilho for ofuscado pela luz que emitem?
Posso lhes dar a lua...
Mas em seus olhos o luar é tão mais belo!
Talvez lhes comprasse um campo verdejante e belo...
Ah! Mas havia me esquecido,
Não existe verde mais lindo que o de seus olhos...
Então vou lhes presentear com o brilho das estrelas.
Mas...sem elas como poderia na noite escura admira-los dormir?
Lhes darei então o mais belo dos sonhos.
Puxa!!! Me esqueci... Não há sonho mais lindo que vê-los sorrir.
Ah!!! O mar... Quem sabe o mar...?
Com suas ondas... seu azul infinito...
Não. O mar não.
Seria horrível, não poder mais vê-los correndo na areia
e voltando a mim com o sorriso nos lábios,
Isso é puro encantamento...
Ainda não consegui encontrar um presente do tamanho da felicidade que
me dão todos os dias ...
Por isso meus filhos, por enquanto lhes dou
O meu maior amor, o meu coração e até a minha vida.
Sandra Botelho!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Renascer
É noite...O desespero toma conta dela, já não é mais uma garota, mais ainda ama como se fosse...
Da janela ela observa a rua, chove, de uma forma calma e silenciosa.
Não existem temporais, nem na noite , nem na alma daquela mulher.
E ela se debruça sobre os cotovelos na janela e simplesmente chora.
Sente a brisa correr por seus cabelos e sai, abre a porta e sai.
Temendo a noite, temendo o frio e a chuva.
Mas nada mais a impede, apenas a dor a impele.
Caminha sozinha por caminhos sombrios, onde os bêbados dormem e o lixo se acumula.
É negra a noite e frio o vento..
Ainda nos trajes de noite ela corre, sem destino, sem rumo, sem esperanças.
No seu coração, apenas pedaços do que um dia foi felicidade.
Sente o sangue parar, dentro de si, e o ar faltar, a desesperança e o medo, a dominam
e ela corre, por lugares negros, ela se esconde na noite...
Sufocada pelas lágrimas que caem rolando como rolam palavras ao seus ouvidos,
que a deixaram surda para a felicidade, que ainda pode existir.
Mas de repente percebe que o sol nasceu, e um raio tímido lhe corta a face. Aquecendo seu corpo gelado e umido.
Um toque morno lhe cobre o corpo. Quando olha ao redor em um canto sujo e mau cheiroso, ela percebe um sorriso, O sorriso de uma criança a quem a vida nada deu.
E aquele sorriso, naquele momento a faz se sentir viva.
Com motivos para seguir, para viver...
Então ela estende as mãos aquela pequena menina, que sorria, que ainda tinha um coração cheio de esperanças e felicidade.Nos olhos o brilho encantado e puro de quem ainda não havia conhecido a maldade.
É ai que seu rosto perde a expressão de dor, e ela percebe que aquela menina era ela, a menina que ainda vivia dentro dela, e que o sol trouxe de volta...
E ela decidiu ser feliz, e viu que isso era fácil, só dependia dela.
Sandra Botelho
terça-feira, 25 de maio de 2010
Fim

Quando tudo parece se apagar,
Quando deixa de ter o colorido do mar,
Quando ele perde o encanto,
Quando o amor parece coberto por um manto.
Quando ele já não é belo,
Deixou de ser sincero,
Se tornou simplesmente igual,
Alguém bastante normal.
Já não te surpreende mais,
Não é mais tão inteligente,
Nem suas canções são diferentes,
Se tornou igual aos demais.
Seu desejo já não lhe consome.
Não sente a brisa gritar seu nome,
O vento não traz mais seu perfume,
Nem o coração sente ciumes.
Suas mãos já não te acariciam,
Nem suas palavras te aliviam,
Seu sorriso é sem vontade,
E seus pensamentos sem saudade.
Quando já não dói a distancia,
E tudo é sem substancia.
Não tem mais vontade de fazer amor
Chega a sentir horror.
Quando uma musica não diz mais nada.
Não mexe com seus sonhos,
Não te faz apaixonada...
Não te deixa alucinada.
É como um violão de cordas arrebentadas.
Onde não se toca mais nenhuma canção
Onde não se compõe mais emoções
E foram apagadas todas as sensações
É porque chegou o fim
É hora de sair ,abrir a porta e partir
Antes que o amor se torne amizade
Antes que qualquer carinho se acabe
Me contentar com aquilo que ele pode me dar
O breve sabor de um beijo
O toque sutil de um desejo
E um olhar que fingia me amar
Despedir-se dele com um olhar
Deixá-lo voar para outro jardim
Guardar dele o melhor que ha em mim
E ir em busca de uma nova maneira de amar...
Sandra Botelho!
Tem homenagem no Gotinhas, Visitem e prestigiem um grande Poeta
Conheçam o Ultimo soneto.
domingo, 23 de maio de 2010
Amor em chamas
Hoje o fogo não me amedronta mais.
queime tudo que te lembrar nossas noites
queime tudo que te lembrar nosso amor...
Pode queimar nosso tapete, jogue-o na lareira
deixe que as chamas o consumam e espalhem pela casa o cheiro de nossos corpos em fumaça...
Queime, nossa poltrona, onde ficavamos espalhados, apenas sentindo o tempo passar,
Jogue nas labaredas, nossos lençóis, que sempre amanheciam no chão,
Arranque o chuveiro, que tantas vezes molhou nosso amor
Queime-o...
Queime nossas fotos, até aquelas tiradas depois do amor, para que não nos reste lembrança alguma.
Jogue-as nas brasas que ainda ardem em chamas...
Queime tudo que tem teu cheiro, que tem teu sabor, que tem teu gosto...
Queime nossos travesseiros, que tantas vezes sufocaram nossos gemidos de prazer.
Queime-os para que não delatem um amor que foi infinito
Queime nossos sonhos, pois eles não se realizarão mais,
Queime nossa gula de amor, nossos desejos , e esperanças, queime nossos planos...
Arranque do guarda roupas minhas camisolas,queime-as... Espere... Deixe a vermelha,
aquela que escolhi para te enlouquecer...
Queime tambem nossa cama, mas antes me ame, e deixe que as chamas já espalhadas pelas cortinas e pelas roupas jogadas ao chão nos consuma enquanto fazemos amor
Vou me vestir de vermelho, assim serei confundida com o fogo que já me incendeia...
Incendiarei teu corpo, envolvida em nosso amor que agora finda...que agora é cinzas...
Assim morreremos nos amando, incendiados e incendiando, como labaredas em meio as chamas!
Sandra Botelho
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Canto triste...
Quando fecho meus olhos,
É teu rosto que me sorri.
São sinceros seus sorrisos,
Mas, você não sorri pra mim.
Foram dias de luar...
Em que me atrevi a te amar,
Me entreguei sem reserva,
Mas meu olhar agora é treva...
Nunca soube quem tu eras.
Te fiz flor, te fiz quimeras...
Diante de tanta indiferença,
Perdi no amor toda crença!
Agora sozinha canto e choro,
Um canto solitário e vazio.
E ao tempo agora imploro,
Que leve este amor como um rio!
Sandra Botelho!
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Inocência perdida
Era Dezembro...Dias chuvosos...
Em algum canto de uma cidadezinha do interior, dois amigos brincavam , de lados opostos de uma cerca de arame farpado.
De um lado uma mansão, onde o pequeno mulato não ousava entrar, seu dono e pai do amigo era um sargento, gordo, branco ,de bochechas rosadas e cara amarrada.
Daqueles homens que as crianças tremem somente de olhar.
Olhos faiscantes e fuzilantes de maldade. Mas seu filho ainda tinha a inocência das crianças que não fazem divisão de classe, nem de cor.
Sua casa, imponente e majestosa, se destacava entre as outras.
E eles brincavam . Com um bodoque nas mãos faziam guerra de mamona.
E aquele mulatinho paupérrimo, que morava em uma casinha miseravelmente simples, por azar acertou uma mamona no menino rico.
O menino em prantos correu a contar para o pai, que urrou de raiva.Dizendo que ia expulsar aquele negrinho de lá. Não se ouviu uma só palavra do menino rico a favor do amigo,era o que se esperava dele , já que ele sabia que tinha sido apenas uma brincadeira.
Quando sua mãe exausta chegou do trabalho, o malvado sargento já estava a porta a lhe esperar, e não demorou a vomitar toda sua ira.Exigindo aos berros que ela sumisse dali com toda sua família. O desespero tomou conta de sua face, e ela se perguntava em desespero:Para onde vou, com quatro filhos?
Chovia forte , ela entrou em casa e logo despejou sua raiva em cima do menino, o colocando de castigo de joelhos sobre tampinhas de garrafa.Pegou sua filha que estava a um canto chorando de pena do irmão e agarrada a sua única boneca, a qual ela tratava como um tesouro.
Puxou-lhe pelas mãos e saíram as duas a procura de algum lugar para morar, A menina olhava vez por outra nos olhos da mãe e via que as lágrimas se misturavam a chuva que molhava todo seu rosto.
De repente a chuva aumentou muito, e os panos que a menina usava para cobrir sua boneca não suportaram e se encharcaram, a menina desesperada e cheia de ódio por aquele sargento, puxou a mão da mãe e disse: Olha mãe, os cabelos da minha boneca estão encharcados.
A mãe olhou e disse: Estamos encharcadas e você se preocupa com a boneca? Ora deixe-me em paz..
E ela não conseguia tirar os olhos da boneca, cujo cabelo ia se dissolvendo.
E no seu coração, a dor crescia, o ódio pelo sargento também, sentia pena da mãe que batia de porta em porta, pedindo abrigo ou um pequeno comodo que pudesse alugar para morar e abrigar seus filhos, mas sempre a mesma resposta. È véspera de natal estamos comemorando, isso é dia de bater a porta dos outros?
Andaram por toda noite e nada...
Voltaram a casa, o menino já estava dormindo caído sobre as tampinhas...
Ela o olhou sentou-se em um canto e chorou, a expressão em seus olhos era de cansaço, estava cansada de viver...
Não foi necessário que se mudassem, no outro dia a morte a levou.
Foi quando percebi, que naquela noite de véspera de natal, ela pediu a morte
Naquele momento ela havia desistido.
Nunca consegui perdoar aquele sargento. E no meu coração ainda sinto a mesma raiva que senti dele, quando vi minha única boneca se perder com a chuva, quando vi minha mãe desistir de viver. Quando vi meu irmão de castigo.
Foi quando percebi o quão grande era a maldade humana.
E foi assim..E a menina era eu....
Sandra Botelho!
terça-feira, 18 de maio de 2010
Sacia-me ?
Meu corpo queima a te esperar, mergulhado em suspiros errantes!
Em minha mente desenho teu corpo, em pequenos pedaços e membros e linhas e traços...
Ah!...Suspiros carregados de desejo e chocolate,
Chocolate derramado, escorrido, pronto para ser degustado!
Sentidos em explosão, ebulição... Cheiros , fragrâncias,ânsias, fantasias...
Como macho degusta meu cheiro, cheiro de cio, cheiro de meu.cheiro de gula...
E você vem , percebe meu grito profano e covarde.
Chega e ordena, nunca pede, e é assim que me entrego ,é assim que nunca me nego.
Mãos que deslizam, por partes e cantos e recantos de corpos envolvidos em uma
nudez de sentidos, de pudores, de almas.Libertinos, vadios e apaixonados...
Boca que me decifra em lambidas delineadas por pequenas mordidas e beijos
devoradores e suaves.Lentos e selvagens!
Me pega, me contorce e me engole...
Me tira a febre, me aquieta as entranhas, se delicia em mim, se derrama em mim.
Quero-te, em mim, em meu corpo, em minha mente, escancarada e leve, flutuo de prazer.
Fugimos do óbvio, nos enlouquecemos ainda mais... E eu te chamo, te clamo, te imploro por mais...
Vem! Vamos escandalizar os amantes, fazê-los morrer de inveja do nosso prazer,
ensurdece-los com sussuros e gemidos
Contorno teus lábios com chocolate e te devoro.
Com a boca desenho cada pedaço de ti.
Olho em teu rosto e sorrio, por sentir pintada em tua face o quanto lhe enlouqueço.
E o teu prazer é o meu prazer, e o nosso prazer é infinito mesmo que por horas.
Eu e você, uma pintura em tela, um desejo infinito...
Um emaranhar de corpos, que se transformam em um só...
Em afrodisíacos óleos mergulho teu corpo, e sobre ele debruço o meu, em um vai e vem inebriante...
indecente e deliciosamente nosso.
E nossas bocas se colam, e nossos olhos se olham e nossos corpos ardem
Em brasas, em labaredas, e quando te sinto em chamas...
Ai é que acalmo, evito o êxtase, quero ainda leva-lo as nuvens ,acima das nuvens.
Quero-te insano...Animal, meu, escravizado ao meu querer.
Agora eu te ordeno e tu me obedeces, sem reagir é assim que te quero.
Em minhas mãos, para me tatuar em você...
Não te cobro nada mais que o prazer que sempre me trás, quero-te meu, nas noites madrugadas,
em todas as luas e noitadas...
E você vem, como fera livre e doce. Me enlouquece, me devora, me sacia e vai embora...
Até que amanhece e o dia, nos desperta para um novo ritual do amor....
E novamente te grito...E te imploro...Sacia-me?
Sandra Botelho
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Um doce som

Sem ar e sem palavras, emudecida diante do encanto de um som!
Um som que ouço ao longe , sem letras nem palavras...
Um som que me emudece e intimida.
Simplesmente um som...
Que diz tanto e não me deixa falar,
que cala minha voz e meus sentidos
Um som que necessito ouvir,...
Apenas o som, simplesmente um som,
Que vem com a leveza dos sentimentos,
que se torna real, que me faz real,
que me inebria e que me encanta!
É leve e doce como o canto das ondas a rolar na areia.
Como o vento a se envolver nas folhas em um farfalhar melódico
Como o som do riacho a deitar sobre as pedras,
Como o assovio suave da brisa...
É simplesmente um doce som,
como uma cantiga de ninar, que trás o sono doce e tranquilo!
Que desliza pelos ouvidos penetra no coração e encanta a alma.
Que atiça os sentidos e o coração dispara...
Um som, que move os desejos,
que inspira beijos e ternura, que atiça loucuras...
Que se faz musica que me faz musica...
Que é forte e doce,
e que seja como fosse, seria mesmo assim lindo e acolhedor.
Apenas um som...Apenas um doce som...
Sandra Botelho!


sexta-feira, 14 de maio de 2010
"Apaixonados" concorre como melhor poema
Estou concorrendo como melhor poema no
http://simplythebest01.blogspot.com/
Com este poema.
Conto com o voto de vocês meus queridos amigos.
É somente uma grande brincadeira e uma forma de divulgarmos nossos blogs.
Obrigado pelo carinho!!!
Apaixonados
Vamos desperdiçar nossas horas,
Compor canções sem nenhuma afinação,
Vamos brincar de ser crianças,
Vamos nos emaranhar numa paixão!
Flutuar sobre os limites da razão...
Deixar fluir toda emoção,
Sem nos preocupar se estamos certos,
Correr por mares, montanhas e desertos!
Vamos fazer uma canção de amor,
Uma canção que jamais fale de dor,
Saciar nosso desejo, de um beijo,
Nos amar sempre em todo ensejo!
Vamos acordar dessa brincadeira,
Sorrindo e falando besteira,
Zombando dos que nos criticarem,
Sentir que falam, por nos invejarem.
E quando a canção estiver pronta,
Vamos cantá-la as multidões,
E prontamente todos entenderão,
O poder enlouquecedor de uma paixão!
Sandra Botelho
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Exaustão de amor
quarta-feira, 12 de maio de 2010
De tanto te querer...

Quero-te tanto que chego a duvidar de tanto querer
Quero-te tanto meu doce amor, que tanto querer chega a ser dor
Quero-te tanto e tanto que mesmo em pranto me encanto
Quero-te tanto que me esqueci de mim, e por isso vivo assim
Quero-te demasiadamente vida minha,
Que em meu coração nenhum amor se aninha
Quero-te em febre de querer, quero-te e não posso mais me conter
Tatuado em meu coração, não posso mais retirar-te
E por isso só poderei amar-te
Quero-te tanto que até meu silencio grita teu nome
Que até meu corpo,te chama meu homem
Quero-te neste querer absurdo exagerado, enciumado
Quero -te egoisticamente, deliciosamente meu amado
Quero-te minha canção, venha arranque de mim a razão
Amo-te como amo minha vida, não me recolhas em despedida
Ama-me como amam os enlouquecidos, os desvairados,
Ama-me como se amam os absurdamente apaixonados
A ti me entrego, me derramo e a nada me nego
Sou simplesmente tua, eternamente e censuradamente nua.
Derramada em palavras, escancarada em desejo
Sonhando, fantasiando desejando com fome teu beijo.
Quero-te tanto...
Sandra Botelho!
terça-feira, 11 de maio de 2010
Meu maior amor

Você é minha doce canção
Notas dedilhadas no meu violão
Você é gota de paz
Onde a dor já não cabe mais
Você é sopro de alegria
Minha porção de fantasia
Você é brisa serena
Chuva fina e amena
Você é mel que escorre em palavras
Quando nasceu a dor tu não estavas
Você é suave caricia
Doces toques sem malicia
Você é meu amanhecer
Minha alegria ao entardecer
É meu suspiro adolescente
Pensamento constante em minha mente
Você é ar que respiro
É o poema em que me inspiro
Você é toda minha vida
Meu amor, minha unica saida
E por te amar assim respiro
Por te desejar tanto me inspiro
Por ti eu vivo cada instante
Serei sempre tua: Amiga , esposa, amante!
Sandra Botelho!
Tem homenagem no Gotinhas...Passem lá!
http://gotinhasdeternura.blogspot.com
domingo, 9 de maio de 2010
O doce beijo de fel

Todos os dias eu regava meu jardim,
era como um presente para mim.
O mais curioso era ver o namoro caloroso
entre uma flor e um pássaro garboso.
Era ele um pequeno colibri,
que para toda flor sempre sorri.
Ela do amor se fez cativa.
Por isso de todas era a flor mais viva
Mas o pequeno beija flor,
que docemente sugava seu mel,
Também beijava outras flores,
E por todas destilava o seu fel.
Ao caminhar pelo meu jardim,
pude notar ao olhar para ela,
que havia sido a flor mais bela,
agora era tristeza sem fim!
Suas pétalas sem viço nem cor,
me deixaram curiosa,
perguntei ao bem-te-vi,
o que havia acontecido a rosa!
Ele cochichou-me em verso e prosa!
E para vocês agora eu conto,
A triste historia de amor,
Entre um passaro e uma flor!
Se apaixonou por um errante,
um pequeno pássaro viajante,
que nunca ama a ninguém,
e de todas quer ser amante!
Seu pequeno coração malvado,
Não quer amar, é coração alado,
Que deixa a flor abandonada,
Quando ela se diz apaixonada.
A triste história da rosa,
É para nós uma lição,
Nunca se apaixone por alguém,
Que não tenha coração!
Sandra Botelho!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Minha MÃE...Uma historia de dor!

MÃE EU TE AMO!
Sandra Botelho
Para Sempre Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento. Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade. Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia? Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Cúmplices

Te envolvo, te alcanço, te laço.
Te arranho e acolho em meus braços...
Te faço pensar que sou tua,
Vestida, semi ou completamente nua.
Te enlouqueço quando te toco,
Faço de mim teu maior foco.
Sou fêmea, gemea perdida.
Sou menina mulher parida.
Me enrosco em teus pensamentos,
Sei ser teu riso e lamentos.
Te enlaço em minhas pernas e seios.
Satisfaço todos os seus anseios.
Me contas tuas fantasias,
Realizo plenamente suas heresias
Desliza em mim tua mão,
Me devora com gana e paixão!
Somos cumplices nessa loucura,
De nos amar sem nehuma censura!
De nos perder nesta façanha
De quem ama, toca deseja assanha...
Estou aqui com meus desejos,
A esperar teus todos beijos.
Esparramados por minha pele,
Se entregue, se doe e revele!
E quando a paixão te queimar
Me chame que volto a te amar
Te amar na cama , na areia , no chão
Simplesmente desfalecer de paixão!
Sandra Botelho!
Visitem...Ao Alcance do Olhar
terça-feira, 4 de maio de 2010
Caipirês

Bem contente tava o moço,
Que dispois de muito andá,
Conseguiu na catirada,
Uma bela mula,lhe tirá.
Ele que era muito simprão,
Fez aquilo na emoção.
E o outro muito esperto,
Era além de tudo largão.
Viu sua viola em caco,
Quando oiô na estrada,
O cabrão levando imbora,
Sua mula acabrunhada.
O pisódio desse homi,
Não ficou por isso não.
Enquanto o prato ele surtia,
Na cabeça dele, um furdunço firvia.
Seu fio, que na capitá estudava,
Ainda nos negócio não parpitava,
Graças ao emborná da sabeduria,
Um dia, administrante ele seria.
Prá mudá o rumo da prosa,
Vou falar um pouco da Rosa:
Sua muié, sua amada,
Sempre cum ele na matinada.
Essa não entra na catira,
Num tem preço que pague essa muié,
Deiz anos com ele namorano,
E a coitada ainda lhe qué.
Vortando ao tal do negócio,
Que levou uma manta danada,
Quiz ir atrás do disgraçado.
Decidir essa catirada.
Queria ver o tar do macho ,
Que aproveitou do seu deslaxo,
Metê o carcanhá na bunda,
E sumir por esses morro,
Com a mula na carcunda.
Mas essa narquia não é coisa que se faça,
Vortá atráis da palavra dada,
É realmente uma disgraça.
Fica mar prá ele na praça.
Pensando bem já tava empapuçado,
De falá nesse negócio.
Decidiu deixar de lado esse furdunço,
É mió num cutucá esse jagunço!
Toca pá diante esse assunto,
Chega de chorero atoa,
Mió ele envorvê com aRosa...
Que é coisa mió de boa.
Sandra Botelho
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