segunda-feira, 27 de abril de 2009

Encarceirados

É frio e úmido, é junto e irreal, é medo é dor, e imoral e amoral, é humilhação entre corpos, é dor entre mortos e morrem todos. E não são poucas as agonias de mortais acabados em ais, esquecidos e deixados, como animais... São profanos e nojentos, como ratos, corvos agourentos, são medo e indecência, são estupro e roubo e demência, são frutos da carência, do horror e da pobreza, de uma sociedade perversa, torta e reversa... Uma lei para os nobres e outra para os pobres, e abrem-se portas de cadeias e porões, grades e ferrões, droga e alucinação, fuga e perdão, inocente e culpado foragido e recuperado, homem ou monstro, gente ou bicho, bicho em jaula, matou perdeu a calma, estuprou, condenou, inocentou, libertou , recuperou, roubou, voltou. Se profanou, se drogou, o orgulho morreu, o medo´nem conheceu, e novamente matou e novamente voltou. Não foi corrigido, não foi absolvido, não foi aprovado, foi matriculado mais uma vez, com tamanha insensatez , para aprender a aprimorar a arte de matar. Aprimorar o mal, aprimorar a frieza, aprimorar a dor e jogar nas ruas de novo, no meio do povo, vermes cruéis e irracionais, que ensinam aos normais como fazer o mal aumentar ainda mais. E assim nessa sociedade maligna e doentia,de leis flexíveis e vazias segue o ciclo criativo de almas podres e doentias, aprimorando dia a dia, a maldade humana em almas insanas. Sandra Botelho

Um comentário:

Paula disse...

"E assim nessa sociedade maligna e
doentia,de leis flexíveis e vazias
segue o ciclo criativo de almas
podres e doentias(...)"


Brilhante texto.
Brilhante!!

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