segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Êxtase


 Tu que me encanta com palavras , me acaricia com mimos.
Me derramo em teus sorrisos e navego em tuas palavras,
Em seus braços sou menina, aprisionada em teus laços.
Viajo em teu corpo , navego sem lastro!
Nada é mais funesto que essa distancia breve,
Que um soprilho do vento venha e me leve...
A te descobrir frente ao mar, te amar...
E que meu canto te encante e te leve a mergulhar,
Em mar bravio e revolto a me esperar.
Imersa em meus pensamentos, sem lamentos!
Me abrirei, me despirei da concha;
 Sem sentimentos de culpa, de dor  e de pecados.
Cantarei a ti, todas as canções e fados.
Seremos um só amor em dois corações...
E juntos destoaremos de todas as multidões!

Sandra Botelho!


Linda musica...



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ecos e Ruinas

Ela percebeu que algo dentro de si havia mudado.Não lhe cabiam mais sentimentos de outrora,o velho fulgor juvenil, saira de seu peito fora embora á décadas...Partiu sem deixar vestígios, sem lamúrias,numa tarde invernosa e escura...
O coração jazia em um canto, em compassos sem ritmo, em uma aceleração descendente.
O sangue em fluxo continuo, lhe queimava as veias,esmagava as artérias, calcinando pele, mente e alma
Lançada contra si mesma, ela se calou, feito flecha ao alcançar o alvo, que cala seu som sibilante!
Trancou em subitos devaneios todos os seus rumores de alegria, afogou suas fantasias ,em um mar negro e inerte...Nas profundezas de uma alma infecunda e amargurada, jaziam as poucas alegrias da infancia, já havia corrido atrás das borboletas, já brincara na mina dágua com os irmãos,já amara uma mãe que foi ceifada pela morte e um pai que a abandonara, alegrias que a pequena menina sufocou em uma dor latente...são ruinas...
e agora enxotada da vida, ela desmoronava.
Se acomodou, foi hospedeira por tanto tempo,
e nos anais da vida, debruçada no rol de entrada dos sonhos
ela se fez sombra...
Dependente e ardente, sempre quis o papel principal, mas ficou na coxia, observando...
Montando o cenario de outras vidas, aplaudindo de pé o sucesso que não era o seu.
Esperando sua estréia que jamais ocorreria, as luzes nunca foram pra ela,.os holofotes nunca a focariam,
ela pertencia as sombras...
Tomou por algozes todos que desbaratavam seus medos.
Dormiu em berço esplendido a pobre menina rica.
Ceifou da vida a desistência, a acomodação, a descrença, a inércia... e agora.... Ecos de uma canção de esperança apenas a assombram, lhe fervilhando em caldeira suas derrotas Ecos de uma canção cuja melodia eram seus sonhos, deixados para trás...encaixotados em um baú de desistência e rancor.
Jazem em algum canto, todas as sua melodias, compostas quando a felicidade e a inocência ainda eram alicerçados na esperança, na crença.. Hoje porem ela se liberta deles ; os derrama em pranto, e ela ; a senhora Desistência, a madame Renuncia, a Dignissima covarde, se cala e observa, como sempre fez, ininterruptamente. Em seu seio repousam mãos de covardes, em suas entranhas dores tatuadas e eternas... Sufocada e estrangulada em seus sonhos, ela morre lentamente...
Pobre menina pobre! Sandra Botelho! "Quando o mundo nos abandona, a solidão é suportável, mas quando nós mesmos nos abandonamos, a solidão é intolerável" Augusto Cury Nunca se abandone!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Duo

Eu
Quero sentir o seu perfume em cada sopro da brisa
Respirar calada e sorrir sozinha
Quero a expressão alada em um rosto sem vincos
Quero a doçura derramada em frascos, o mel que escorre
Em favos...
Deitar-me nas nuvens e esperar de olhos fechados
Tua chegada em cavalgada, cavalgas por meu corpo
Vou me vestir de água, me cobrir de vento,
E te esperar sonhando...
Meus seios serão taça de cristal, onde
Sorverá com gula o vinho do nosso desejo
Te ofertarei meus pensamentos
Serão seu espelho, onde absorverás meus sonhos
Serei tua em nuvens deitada... coberta de vento
Deusa em teus braços, mundana em teus desejos
Esperarei insaciável por teus beijos
Ele
Te darei meu perfume, serei tua luz, teu lume
Não te deixarei sozinha estarei em você
Expressão de sonhos e felicidade
Me saciarei de você amada minha,
Beberei teu mel em gula insaciável
Farei de teu corpo monumento
E o adorarei eternamente
Amada minha me espere sorrindo
Nessas montanhas gêmeas me embriagarei
Do mais puro vinho
E seus olhos, egoísta que sou
Não deixarei que se desviem de mim
Deusa em meus braços, em meus sonhos devassos
Te saciarei de beijos, caricias, e abraços.
Sandra Botelho!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Duplix Liberdade // Intensidade




Liberdade                         Intensidade

..graciosa sorri e transborda , // saboreando a vida...

liberta a vida, ama o querer... // vicissitudes de uma moça,
quão preciosa és no. coração // sempre embrulhada em paixão!

Hod                                                                 Sandra Botelho


Certa vez quando fazia um curso, meu professor me disse que , quando alguem acha que já sabe tudo, absolutamente tudo, a respeito de qualquer coisa, certamente essa pessoa ainda tem muito , ou tudo o que aprender.
E esta é a mais pura verdade, por isso procuro ler bastante e principalmente ouvir muito.
Com meu amigo Hod estou aprendendo que escrever, não é só deitar no papel o que nos vem a cabeça.
Mas existem algumas regrinhas básicas que abrilhantam a escrita.
Porem jamais deixar de colocar o coração na ponta do lápis!
Juntos fizemos este Duplix.
Espero que gostem.
E obrigado amigo Hod pela oportunidade e pelo conhecimento dividido.



terça-feira, 17 de agosto de 2010

Desalento



A noite chegou em dores e sombras,
O sono não vem e as horas me ferem.
A mente desenha pedaços de dor,
e a alma derrama lágrimas de horror.
Meu rosto não tem mais o brilho nos olhos,
Nem se levantam para olhar o azul do céu
Da boca o sorriso, fugiu sem voltar.
Restou apenas o gosto de fel.
A vontade de vida o corpo esqueceu perdeu,
e a coragem que ardia a lágrima emudeceu.
Os sonhos morreram a cada ferida,
e nem as flores enfeitam minha vida.
As estrelas caem sobre meus ombros,
Toda paz se desfaz em escombros.
E o céu em negro se faz tempestade
Tirando de mim, o que resta de felicidade.
Meu corpo dolorido não quer mais a cama.
A cama vazia, sem o calor de quem ama.
As mãos sem coragem secam lágrimas insanas
Que descem pela face e o coração inflama.
Meu rosto disforme de tanto pranto e dor
Não quer mais se pintar, se olhar...
Cobri os espelhos de negra escuridão
Pintei o passado, e as dores que aqui estão
Fiz deles uma tela e emoldurei meu coração.
Agora não tenho mais o sol, é negro o meu dia.
E chove em meu corpo, em lágrimas derramadas
Incontidas, por uma vida devastada e sofrida.
Teci um casulo, e nele me fechei.
Diferente da lagarta,nunca mais me transformarei,
me despedi da esperança,
deitei em minha alma a descrença
E simplesmente chorei!

Sandra Botelho!





Esta semana tem Percepção no
                                                                         BlogGirls
                                                 Ficarei feliz com sua visita.



 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Utopia


no meio daquele campo,
eu vejo uma casinha modesta
mas que todo dia parece estar em festa...
Rodeada de flores de todas as cores..
Tem cortinas brancas esvoaçantes na janela,
a noite é iluminada a luz de vela...
As janelas nunca são fechadas,
amanhecem e adormecem escancaradas,
posso ver flores na janela,
cada uma é das outras a mais bela!
Sempre ouço musica vindo de lá...
e um passarinho a cantarolar,,,
Dizem que lá mora o sonho e a razão,
Ninguem sabe ao certo como começou essa paixão,
falam por ai que o sonho se apaixonou pela razão,
quando a razão deixou de sonhar...
E o sonho só queria, o contrario provar...
O sonho prometeu a razão seu maior sonho realizar
Construir de amor uma casinha branca,
onde os dois iriam se aconchegar!
A razão não quis acreditar,
mas decidiu que iria esperar...
Até que um dia a casinha ficou pronta
E a razão feliz ,como se conta...
Mudou-se com o sonho pra montanha!
E flores ela todo dia ganha...
E assim naquela casinha cheia de alegria;
Nunca mais a razão ficou vazia!
Moram apaixonados o sonho e a razão.
O sonho, ensinou a razão a sonhar...
E a razão ensinou o sonho a não tirar os pés do chão.
Assim são felizes, entre flores ,de todas as cores...
cada dia alargam mais seu coração...
La naquela casinha branca...
O sonho e a razão!

Sandra Botelho







domingo, 8 de agosto de 2010

"Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz"

É abstrato esse sentir, todo sentir o é
mas esse é indefinível., inexplicável...
É presente, nunca intocável...
Deveria ser cantado nas ruas,
como canções de esperança!
Deveria ser gritado nos alto falantes,
como prova de que é real.
Mesmo sem concretização ele é rocha !
inexorável e inatingível, ele é simples...
Poderia doá-lo ao mundo e ele não teria fim.
Dividi-lo entre planetas e ainda não caberia em mim;
nas correntezas dos rios ele é eterno!
Vive entre as marés e não se dissolve na espuma das ondas...
Ele é a cura
A cura eterna e indolor de corações destruídos,
destroçados, amargurados pelo cálice amargo da solidão.
Ele acalenta os que por desventuras da vida, se sentem abandonados,
Encanta os desencantados, dirige os desorientados,
ressuscita os que se deixaram morrer...em sentimentos...
Ele une os que se perderam, atinge os inatingíveis.
Faz os olhares se encantarem ;recuperarem o brilho!
Os corpos mesmo envelhecidos ganham o vigor perdido...
Enfim ele é o bálsamo da vida!
É o ungüento da felicidade e a praga da infelicidade!
Sim pode ser uma praga aos infelizes. Justo porque recupera nesses uma irremediável vontade de viver! Uma verdadeira praga,
aos que teimam em não se recuperar da dor.
E quanto mais irremediável, mais imenso ele se torna
Nele não cabe vaidade,
Mas cabe nele o suspiro de uma saudade...
Aliás, saudade, talvez seja um primeiro sintoma...
Mas ele nunca destrói, nunca magoa, nunca fere.
Mesmo quando inebriados dele, ou mesmo quando abandonados por não tê-lo, ele está presente, ali perto e aquecido e aquecendo,
Cumulando o nosso corpo físico de esperança.
Esperando que nos fragilizemos ao máximo para que ele possa entrar.
Esse menino travesso, que entra em nosso corpo e mente, que desarruma o que parecia arrumado e tira tudo do lugar,
que entra em nosso coração e nos deixa sem ar...
Faz a mulher ser menina e o homem moleque
Nos faz deliciosamente grogues..Ah, e como é bom estar embriagado com esse moleque travesso dentro do peito.
Tão doce, tão intenso, tão abstrato e misturado, mas tão incansavelmente procurado! Precisa apresentações formais?
Sandra Botelho

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Renascer

Dispa-se de todos os contornos irrelevantes de sua vida.
Entalhe-os em felicidade e não em angustia,
Não se conforme com o vento morno a soprar seu destino.
Aqueça os caminhos que levam a caminhar seus pés...pise sobre brasas, sinta-os ,
Faça da estrada que percorre, labaredas, chamas que cintilam a um breve raio de sol...
Não se apóie sobre ninguém. Seja o apoio de alguem, pois a felicidade é infinitamente maior, quando se pode servir...sem esperar receber.
Desequilibre-se na corda bamba e permita-se cair,
e se for ao chão, apóie-se nele e levante-se!
Seja aventureiro na arte de amar, que essa aventura, seja entrega e que seja plena!
Não use medidas porque medir o amor é medir as constelações...
Seja desmedido, incoerente, inconseqüente, seja criança...
Não racionalize tudo...
Se permita cantar, dançar nas esquinas, bailar ao cair da chuva,
Se permita se encharcar de lágrimas quando a dor for insuportável,
mas não se permita sofrer indefinidamente...a dor eterna é morte.
Morte de desejos, morte de sorrisos, morte de renascimentos...
Abra-se ao conhecimento, mas não se tolha das bobagens deliciosas da vida.
A vida é longa e não curta como dizem, analise os dias, as horas e perceberá
que a cada segundo algo muda e faz do tempo infinito.
Sorria e se deixe moldar caso perceba e perceberá, que é preciso mudar todos os dias.
"Ame...porque o amor é o maior poder que existe na terra! Amor, é vida. A vida se expressa, única e exclusivamente, no amor."
Pinte sua vida de todas as cores, faça dela uma aquarela de amores.
E na tela delicada de suas ilusões deixe existir somente o que deixou boas e inesquecíveis recordações...
Abra o armário de suas lembranças, escolha o vestido mais bonito, vista-se, sente-se a janela,
deixe que te olhem, que te admirem, perceba o quanto é bonita, deixe isso acontecer...
Permita-se ser desejada.
Não se apegue a dores passadas, a vida é tão bela! E temos que viver cada segundo, porque pode ser a despedida eterna.
As dores, quando carregadas no coração, dia após dia, são como fardos nos encurvando, nos deixando corcundas nos tirando a visão do horizonte...
nos aprisionando a olhar somente abaixo...
Apagando devagarinho a luz de nossos olhos, o viço de nossa pele, a vida de nosso corpo.
Viver é reacender todos os dias a labareda que chameja em nosso coração.
Reúna forças para reacendê-la mesmo que sinta vontade de deixá-la se apagar,
Porque todo amanhã é renascimentos. E nunca sabemos qual destes renascimentos nos fará absolutamente felizes.
Portanto se permita a felicidade, antes de tirá-la completamente de seus objetivos.
Lágrimas repetidas só embotam a vida.
Renasça!
Sandra Botelho!

Por Todos Os Mundos

                                                                                 Foto: Miguel Hijjar É  com a sonoridade da vida que eu...