quarta-feira, 6 de maio de 2009

Cheiro de sertão

Acordar de manha e respirar devagarinho, o cheiro doce das flores, do mato, do ar, ouvir o canto dos pássarinhos que do alto das árvores, ensaiam canções, repetidas todas as manhãs. Porém, nunca menos bonitas. Molhar o pé no sereno das flores colher verduras, frutas e amores correr atrás do vento e senti-lo te beijar oferecer-lhe a face para acariciar. andar descalço, sem sandálias nem laços tomar banho no riacho, na agua que corre abaixo fazer uma oração ao Deus da plantação para o milho crescer forte e encher de alegria o coração beber o leite morno tirado pela manhãzinha e o pão quentinho tirado do forno broinhas, bolos e bolachinhas correr ao galinheiro, colher ovos nos ninhos do terreiro tratar dos porcos, sem nojo,entrar no chiqueiro enfiar o pé na terra, e subir a serra, pra ver o sol mais de perto e ter que aprender o caminho certo. Comer o que se planta debulhar o milho, moer a cana, abençoar o filho... uma casinha caiada num sertão humilde uma morena Clotilde acima de tudo amada. A lua companheira, uma comida mineira, a viola afinada e uma canção apaixonada depois de um dia embalado por trabalho e sossego o sono doce e preguiçoso chega com chamejo... o colo quente da cabobla traz o descanso, embala o sono de um jeito suave e manso e o sol brilha e invade o corpo da gente cheiro de café e bolo quente, mais um dia no sertão sonhos que aquecem meu coração que fazem de minhas noites eterna canção. Sandra Botelho

2 comentários:

Anônimo disse...

aaaaai maaae sai dessa vida de fazenda,mas ficou mt mara viu?! minha poeeeta.
teee amooo mt
beeijos do pedro (:

Uma Anja... disse...

aiaiaiaiaiaiiiii quero ver agora como segurar essa poetisa...
Mana, estou deu queixo caido com tamanha sensibiidade...

Otima,excelente...

bjus meu orgulho

amo

Um raio de sol

Ela veio com garras afiadas. Asas negras tentando me abraçar  Tinha olhos de noites escuras Um corpo feito de lágrimas, Sua voz era um sussu...